quinta-feira, 31 de março de 2011

A História que não podemos nos esquecer.

O Regime Militar brasileiro, implantado por um golpe de Estado em 1964, durou vinte e um anos e mudou a face do país. Contudo, até hoje suas múltiplas dimensões foram pouco analisadas de forma globalmente articulada e emocionalmente isenta.

A ênfase, como se percebe nos diversos seminários, é somente no aspecto político. Tratou-se, sem dúvida, de um regime autoritário, repressivo e socialmente hierárquico. Derrubando e substituindo o populismo, que se encontrava radicalizado e em crise no início dos anos 1960. Sobre a bandeira do anticomunismo, as forças armadas, como “salvaguardas da nação ameaçada” tomam a frente do processo que culminou no golpe de 1º de abril de 1964.

O dia 1º de Abril é um dia de reflexão e de lembrar dos que já estão quase esquecidos pela sociedade. Há exatos 47 anos o Brasil sofrera com um duro Golpe que abalou as estruturas democráticas nacionais. O país estava entrando no seu período mais “obscuro”, sombrio, da História. A imprensa não era livre, não se podia discutir política abertamente, o pais vivia sobre Censura, teve o Congresso fechado, quem era contra o regime, era considerado subversivo, ou seja, inimigo do nação.

Hoje lembramos os “Anos de Chumbo” e não podemos nos esquecer de quem sofreu na pele as torturas nos porões do DOI CODI, não podemos nos esquecer dos catarinenses que lutaram contra o Regime Militar e foram vitimas da repressão, Rui Pfutzenreuter, Arno Preis, João Batista Pereda e Paulo Stuart Wright, além dos que atualmente podem nos contar o que sofreram na pele com a repressão militar, entre eles destaco os que conheço, Dr. Marlene Soccas, a Professora Derlei De Lucca, e o Sr. Amadeu Luz.

Sem dúvida todos merecem reconhecimento e respeito, pois mesmo com toda a repressão, prisões arbitrarias, assassinatos, torturas, estes e outros catarinenses enfrentaram de peito aberto o Regime, porém sofreram conseqüências drásticas. Hoje são heróis, mas heróis desconhecidos que lutam pelo reconhecimento dos que sofreram com a Ditadura Militar.

Neste dia, devemos lembrar de todos os Brasileiros que de uma forma ou de outra lutaram contra a repressão, todos os brasileiros que perderam sua vida, lembrar dos que ainda lutam pelas indenizações e pelo reconhecimento, vamos lembrar também do ex-deputado Carlos Marighella, do capitão Carlos Lamarca, mortos pelo regime, dos intelectuais, artistas e políticos que foram exilados, enfim de todos que resistiram a Ditadura.

E devemos lembrar ainda dos militares, policiais, agentes, que torturaram, mataram, perseguiram e nunca foram julgados pelos crimes cometidos.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Poesia no Dia da Poesia

Um momento

O encontro,
o desejo,
a vontade tomando conta nos olhares,
o momento,
a harmonia,
o toque,
a sintonia,
tudo isso faz parte do momento,
o momento em que duas pessoas desejam a mesma coisa,
os mesmos sentimentos,
as mesmas sensações,
o momento onde duas pessoas se tornam uma só...
um momento único.

terça-feira, 1 de março de 2011

Guerra - WAR

A música War de Bob Marley explica detalhadamente o que leva a guerra no mundo. Com palavras simples, mas com um alto teor em seu conteúdo as raízes das guerras ficam explicitas.
Vemos que o preconceito, a exclusão social, e os interesses economicos são os vírus causadores das guerras em toda a parte do mundo.

Então vamos a tradução da música, muito bem cantada pela banda Tribo de Jah junto com o Rapa.

Guerra (War)

Até que a filosofia
Que torna uma raça superior
E outra inferior
Seja finalmente
Permanentemente
Desacreditada e abandonada
Haverá guerra, guerra
Rumores de guerra...

Até que não haja
Jamais cidadão
De primeira e segunda classe
De qualquer nação
Até que a cor da pele
De um homem
Não tenha maior significado
Que a cor de seus olhos
Haverá guerra
Rumores de guerra...

Até que direitos iguais
Prevaleçam para todos
Sem distinção
De raça, de credo ou de cor
Haverá guerra, guerra
Rumores de guerra...

Até esse dia
O sonho da paz final
Da almejada cidadania
E o papel da moralidade
Internacional
Não serão mais
Que mera ilusão
A ser perseguida,
Mas nunca atingida
Porque haverá guerra
Rumores de guerra...

Até que os ignóbios regimes
Que mantém nossos irmãos
Oprimidos
Em condições sub-humanas
Sejam destruídos
Prá sempre banidos

Até esse dia
Não se conhecerá a paz
A idéia e um mundo
Em harmonia
Não se dará jamais
Porque haverá guerra
Rumores de guerra

Guerra ao sul
Guerra ao oeste
Guerra ao norte
Guerra no leste

Haverá guerra
A guerra se alastrará
Haverá guerra... "Guerra! Guerra! Guerrra!
Rumores de guerra, Guerra tribal"